terça-feira, 8 de outubro de 2024

A tunga Marginalista do "Equilíbrio Geral" é uma falácia

COMPARATIVA ECONÔMICA DESCRITIVA 08 de outubro de 2024 Depois de um longo e forçado recesso por motivos técnicos, retorno ao TOMO III da MEHBI. COMPARATIVA ECONÔMICA DESCRITIVA Desenvolvemos a “Comparativa Econômica” no Tomo I – “Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos” publicado no site www.amazon.com.br . A comparativa consistente dos quatro passos (MEHBI) só pode desembocar na heterodoxia da função “contínua discreta”. Uma vez constada a característica da descontinuidade econômica como axialidade entre natureza informe e produção de singularidades, o nascimento, fundamento da ciência econômica como permanentemente renovada. Ronaldo Vieime identifica uma “descontinuidade na continuidade” na ontologia lukacsiana logo no início da ‘estética’: “O que é arte” Espinosa, Kant, Goethe, Hegel, Marx são elencados nas 1400 páginas da obra em língua germânica. Temos sustentado que a ‘matemática analítica’ , seva das ciências, deve servir à ciência econômica nas raras funções contínuas que esta apresenta e que deve se abster ou desenvolver modelos específicos para a maioria das funções discretas descritas pela economia ao invés de instrumentalizá-la. Até aqui, o desenvolvimento do conhecimento em economia produziu técnicas para o sistema de preços como o “numerário de Marshal e o sistema de equilíbrio de Walras; O equilíbrio walrasiano (E.W), o processo alocativo de Walras na “caixa de Edgeworth, propiciando a descentralização obtida pelo sistema de preços de curvas convexas em hiperplano; Teoremas de bens contingentes aos estados de natureza pretensos de previsão de incertezas, bem como os “bens datados” se Sraffa para a dependência temporal do fato econômico. Não há uma limitação formal para experimentos em modelos matemáticos capaz de aproximar descontinuidades, esboçando funções contínuas das descontinuidades contínuas da maioria das funções em economia. A “caixa de edgeworth, p.ex., é uma representação gráfica de uma economia com dois consumidores, dois bens e sem produção; a Lei de Walras, informa que “se todos os mercados menos um está em equilíbrio e se o preço do mercado restante é positivo, temos que este mercado também tem que estar em equilíbrio” (A. Araújo, “Introdução à Economia Matemática”. 2004. IMPA. RJ); A demonstração do teorema que garante a existência do E.W é dada por outro teorema, o “teorema do ponto fixo de Brouwer (demonstrado por Elon Lima, in “Curso de Análise” vol 2. Projeto Euclides, IMPA, 1981.CNPq), antes fora proposto por Von Ragen frente a economia descritiva de Adam Smith, sem no entanto demonstrá-lo. Quis defender direitos em “relação de ordem” e me vi na iminência da teoria geral do estado (Kelsem,...), quis defender os interesses das gentes e me vi na iminência da teoria geral do equilíbrio (Walras, Brower, Von Ragen)... Conclui o “teorema de Sonneschein-Martel-Debreu” (um resultado em economia de equilíbrio geral) que a função excesso de demanda não é restringida pelas usuais restrições de racionalidade sobre demandas individuais na economia. Assim, “premissas de racionalidade microeconômicas não tem implicações macroeconômicas equivalentes”. Formalmente, isso quer dizer que, “o teorema afirma que a função walrasiana de excesso de demanda agregada herda apenas certas propriedades de excesso de demandas individuais”. Apresentará a função, ou poderá apresentar mais de um vetor de preço no qual ele é zero; a função excesso de demanda pode aliás, ter mais de uma raiz. Kemp e Shimomura , apresentam subcampos do teorema que foram deixados de fora como a economia do resto do mundo a partir do referencial da função. Em linguagem Equilíbrio de Walras é ótimo de Pareto se, dado uma economia @: @= ( ≥ i , w i , kscy j , Y j com: i = 1,...,n; j= 1,...,m) Então, se (x,y,p) é E.W , (x,y) é OP. Onde, ≥ é tão bom quanto outro qualquer; W é o preço competitivo (salários, etc); Kscy ij é a produtividade tecnológica; Y são as empresas e firmas; I e j são as possibilidades de salários e lucros; A resiliência acadêmica filosófica em tratar do objeto gnóstico do valor, faz escapar à ciência econômica a desconstrução da função linear afim e a construção da “equação geral da estrutura”, sendo, esta, melhor visualizada pela evidência da variável responsável pelo “crescimento econômico”, Istoé, a taxa de crescimento econômico, impactada pelo valor monetário jusante e sujeita ao “efeito kscy” ( Ξ ) das estruturas e dos mercados específicos, traduzem o valor monetário montante. Tomando o processo de comparativa econômica entre o crescimento econômico do decênio histórico, [2000-2009], e o impacto do efeito kscy do centésimo histórico. [1909-2009], notamos que a fórmula do Cálculo Numérico, não dispensa o valor monetário (montante) em sua expressão monetária remota e em maturação (ou valor monetário jusante): nossa pesquisa básica identifica que, a função “Y” que representa o PIB monetário anual é Y0=Y-1(1+Δy) e que, dado a sensibilidade da riqueza real acumulada de períodos remotos, genericamente, Y=Y0(1+Ξ )Δy onde: “Y0”, “(1+Ξ )” e “Δy” são variáveis por razões da estrutura de mercado, ou formalmente e tautologicamente, Y=x.(1+w)z onde x,w,z são variáveis por natureza funcional. Com Ξ=W=série histórica média da taxa de crescimento ΔY= [1909-2009] é 2,8284270%; Chamamos esta sensibilidade “(1+Ξ)”de EFEITO KSCY indivisível; ao tomarmos o Cálculo Numérico Derivado e a comparativa do(s) decênio(s) ou, qüinqüênios, triênios, biênios... com o efeito kscy, podemos observar qual é o estado da arte da riqueza real e a que taxa real a economia se desenvolve ou arrefece conjunturalmente: d[(Y)]/dx = d[(Y0(1+Ξ )Δy)]/dx, esta inserção, porém, é conceitual, isto é, o Produto Interno Bruto é uma unidade, qualquer que seja seu valor monetário (montante e consolidado ou jusante e autônomo). Encontrando a taxa média da década, ( ∑{( [y2000-y2009] ) / 10} = 2,99% ), prescindimos tratá-la comparativamente ao efeito kscy. Inicialmente, através da teoria do cálculo numérico, derivamos a “equação geral da estrutura” em escala natural, isolando a unidade resultado (PIB = 1): d[(Y)]/dx = d[(Y0(1+Ξ )(0,0299-1))]/dx ≡ 1 = 0,0299 ((1+Ξ )(-0,9701)) Note-se que d[(Y)]/dx = d[(Y0)] = 1 => 1 + (0,0299)/ ((1+Ξ )(0,9701)), isto é o PIB maturando, Y0, também é um conceito único (unitário), mas resulta ímpar: isolando este “resultado unidade” (único), vem : 1≡ 1++(0,0299)/ ((1+Ξ )(0,9701))≡ -((1+Ξ )(0,9701)) = 0,0299≡1=>(1+Ξ )(0,9701) = 0,9701 O processo de comparativa econômica compreende quaro passos: a) Cálculo Numérico Derivado da “equação geral da estrutura”, Y=Y0(1+Ξ )Δy: d[(Y)]/dx = d[(Y0(1+Ξ )Δy)]/dx, onde Δy = ∑ ( [y2000-y2009] ) /10 b) Cálculo do logaritmo decimal da “unidade resultado”(menos Δy) = Ξdécada log(1- Δy) = log((1+Ξ )Δy); ( => 0,9701 = ((1+Ξ )0,9701) c) Ξdécada = Ξ / 0,99031 = 2,856102 d) Comparativa Econômica = Ξdécada – Ξ = 0,013813 É aqui que, para dar maior visibilidade à “comparativa econômica”, des - revestimos o conceito de “resultado unidade” e, des - vestimos o conceito de “unidade resultado”, isto é, tanto o valor monetário do PIB autônomo (em maturação) como o valor do PIB consolidado (Comunicado oficialmente em meados do primeiro quadrimestre do ano civil, imediatamente seguinte ao do seu exercício, ou revisto dentro do biênio, triênio, ...pelas autoridades econômicas e monetárias – IBGE, FIBGE, FGV, Ministério da Fazenda, Ministério do Planejamento, ...), irão se consubstanciar em unidade . Y = Y0(1+Ξ )Δy d[Y]dx = d [Y=Y0(1+Ξ )Δy]dx 1 = 10 + 0,0299 ((1+Ξ )(- 0,9701)) (1+ (ou)- 10 ) = 0,0299/(1+Ξ )0,9701 (1+ (ou)- 10 ) (1+Ξ )0,9701 = 0,0299 Didaticamente, (1+10 ) = 0,0299/(1+Ξ )0,9701 Onde “1” associa-se à taxa média da década (2,99%) e, “10” associa-se com o denominador da riqueza real . É esta construção pósitun e escólio da matemática analítica: a ciência econômica pode informar que o denominador da equação relaciona-se diretamente com o primeiro termo do segundo membro, isto é, com o PIB autônomo, “Yo=1o”, enquanto a “taxa média”da década relaciona-se diretamente com o PIB consolidado, “Y=1”,(assim como o elemento indivisível, Ξ, com o PIB futuro). Na resiliência da demanda de pesquisa, não há dúvida do conhecido em seu estado estático (ou da matemática financeira para formulação de rendimentos compostos). O que nos interessa aqui é compreender que há um LIMITE EXTERNO FIXO para o Desenvolvimento Econômico: Y=Y(1+y)≡Y(1+y/n)n, polinomialmente...e, este limite é representado pelo EFEITO KSCY, “Ξ”, e que na economia do Brasil ele é Ξ=2,828427. Logo, com o crescimento da década em 2,99%, vem: 10+ 0,0299 = 1o,0299 = (1+Ξ )0,9701 Com a consubstanciação do “resultado unidade” consolidada à “unidade resultado” autônoma, passa-se o primeiro termo do segundo membro da equação, para o primeiro membro: (1 - 1o+ ) = 0,0299/(1+Ξ )0,9701 => “ -0+ = 1 -1o+ ” 1 - 1o+ (1+Ξ )0,9701 = 0,0299 1 = 0,0299 + (1+Ξ )0,9701 e, 0.9701 = (1+Ξ )0,9701 Chegamos com este último resultado ao segundo passo do processamento da “comparativa econômica”, escrevendo a equação exponencial na forma transcendente: log (0,9701) = log [(1+Ξ )0,9701] -0,0131835 = 0,9701 log(1+Ξ ) log(1+Ξ ) = -0,013589836099 (Utilizamos agora a técnica da “forma preparada”(Giovanni et ill Bonjorno,1992) para encontrar o logaritimando da “unidade indivisível” (1+Ξ ): acrescenta-se “-1” à característica do logaritmo e “+1” à mantissa, resultando a forma preparada: log(1+Ξ)=”1”,9864102; Aplica-se a “lei das proporcionalidades”... – não dispomos de permissão de direitos autorais para descrever o método... ) e, passamos ao terceiro passo da comparativa econômica: quebramos a unidade indivisível, (1+Ξ ), igualando-a à inversa do número encontrado: 1+Ξ = 0,0097 => Ξ = -0,9903 igual percentualmente ao “efeito Ξ” , isto é, Ξ da década (2000-2009) é “–0,9903Ξ”. Com estes resultados encontramos o valor percentual do efeito kscy da década por: Ξ(2000-2009) = 2,8284270 (1/0,9903) = > 2,856102 Com estes valores numéricos (e percentuais) absolutos descrevemos o quarto passo do processo da comparativa econômica: a diferença aritmética simples entre a “taxa de crescimento” da década em termos do efeito kscy, traduz o crescimento real da década: KSCY(2000-2009) - KSCY(1909-2009) 2,856102 – 2,828427 = crescimento real ≈ 0,0138 pontos. A tunga metodológica do modelo marginalista, fundado no argumento matematizante da economia, em equações funcionais simultâneas e que serviu de base para a teoria do equilíbrio geral marginalista, desviou-se da economia do mundo real dos países pobres e em desenvolvimento. Com isso, prescindiu tratar a controvérsia do nivelamento e a necessária pragmática dos interesses empíricos desses países e legou a crítica (e a Escola Estruturalista) a árdua tarefa de demonstrar que os dados ao invés da teoria são incompatíveis com as economias subdesenvolvidas e improváveis às em desenvolvimento. Como a teoria geral do equilíbrio foi construída numa concepção ideal, não careceu de demonstração real. O resultado teórico do estado da arte remanescente do marginalismo, para os países pobres e em desenvolvimento, é que todas as escolas de pensamento econômico que desejassem criticizar a “teoria geral do equilíbrio marginalista”, haveriam de, a partir dela, encontrar os dados empíricos, que ela não utilizou, para desconstrui-los e, isto era, é e sempre será impossível, não só pela “controvérsia do método ”, já superado pelo desenvolvimento do pensamento econômico, mas principalmente porque, em termos empíricos, o equilíbrio geral é uma abstração ideal, inverossímil no mundo real desses países pobres e em desenvolvimento. O dilema do sistema econômico passa pelo sistema jurídico, mas não é a ele, cientificamente, dependente. Indubitavelmente, a excelência, a sofisticação, a prosperidade e hegemonia unilateral de 85% da conversão cambiária internacional, assim como “the model regulacion agencie”, o “statute law” e a inquestionável “economics wealth”, sugam, como um “buraco negro”, a massa crítica de qualquer iniciativa em reestruturar analiticamente a “Macroeconomia Tradicional” (fundada na “contabilidade social” -fonte de dados macroeconômicos irrenunciáveis- adjeta ao “Sistema ONU”), quiçá tomá-la pela “pedagogia da filosofia educacional criticizadora”. Em socorro à “Pesquisa & Desenvolvimento” da Macroeconomia Tradicional, está o objeto das ciências humanas e a própria restrição do instrumental analítico (a matemática), que não enclausuram, de forma determinada e indubitável, o pensamento econômico ao marginalismo – restrito a equacionar curvas de indiferenças simultâneas -, quando a Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos é prometéica em atender ao “bem estar social e onde, o atendimento dos “fins econômicos específicos” -dispostos em mapas e curvas de indiferenças-, bem como o crescimento constante à escala, assim como o crescimento crescente à escala, estão inclusos. A representação neoclássica da função de produção, “x = A.K.N1-”, combina, nesta forma simples, três fatores: A, K e N. Dado que a função de produção de Douglas, visava o estudo das participações percentuais dos fatores de produção -representado por uma fração positiva do expoente da função potência, particular (x = A.a.b1-). Portanto, com retornos constantes à escala, a “The Theory of Wages” de Douglas (1934), concebera a função de oferta de produção constante. Isto é, o crescimento proporcional nos fatores de produção resultam em idêntico crescimento proporcional na oferta de produção. (Douglas não tratou de crescimento crescente à escala e nem precisava tratar para demonstrar sua teoria do trabalho-salário). Por que, então, a representação neoclássica é descrita conscientemente como função de produção de Cobb-Douglas ? A explicação é o desenvolvimento do referencial teórico do pioneiro , na forma particular simples(x =A.a.b1-), onde “” é representada por uma fração positiva, isto é, 0<<1. A partir desta formulação simples de Douglas, deduzia-se que para uma dada produção constante, x n , poder-se-ia representar a função potência particular, por: a.b1- = x n/A. Conforme deduzimos, x n tal que (/) x n pertence ( Є ) ao conjunto dos números racionais positivos e sem o zero (Q+*), isto quer dizer que os fatores são continuamente divisíveis, de tal modo que a oferta “X” depende unicamente das proporções dos fatores produtivos variáveis A, B, Z; Logo se x n é a quantidade de “oferta produzida” quando são combinados os fatores de produção e se empregam as proporções a, b, z dos fatores, a função de oferta produzida é x n=f(an,bn,zn). Assim, como o expoente “” dos fatores de produção da forma simples particular, x = A.a.b1-, é uma fração positiva /0<<1, “F(a1,b1) = X1” é constante. A explicação do desenvolvimento da função de Douglas é: ao fixarmos, por exemplo, o “valor do estoque de capital” (“a”), (sabendo que a função de oferta é constante, isto é, é a representativa de certas curvas de produto constante), “a função de oferta produzida” será representada pela variação da oferta das quantidades variáveis do Fator “B”, combinado com uma dada quantidade constante do Fator “A”; ou, se combinarmos uma dada quantidade fixa do “valor da massa de salários do estoque de indivíduos” (“b”), i.é, a taxa de densidade populacional da População Economicamente Ativa – PEA ou a taxa de indivíduos empregados no mercado de trabalho e imediatamente disponíveis às firmas (sabendo, igualmente que a função de produção ofertada é constante), “a função de oferta produzida” será representada pela variação da oferta das quantidades variáveis do Fator “A” combinadas com uma dada quantidade constante do Fator “B”. Paralelo e, concomitante o desenvolvimento analítico da função de produção de Douglas, os doutrinadores do marginalismo buscavam uma “fundamentação geral” para as novas contribuições do desenvolvimento do pensamento econômico desde que o “liberal” Quesnay (pensador francês) publicara sua “Tableau Economique”. Dezoito anos depois, em 1776, surgira a obra clássica de Adam Smith, “An Inquiry into the Nature and Causes of the Whealth of Nations” - Ed. Enc. Britânica. 1962, V. 39 pág. 28 Great Books of the Westem World -, popularizada como “The Wealth of Nations”, marcando definitivamente a “Escola de Pensamento Econômico Clássica”, ou simplesmente, escola clássica, uma evolução a partir das influências fisiocratas (escola fisiocrata). Suas contribuições ao pensamento econômico dominariam desde o final do século XVIII até a depressão de 1929. Antes, porém, no final do século XIX e início do Século XX, Vilfredo Pareto e Leon Walras impactariam o pensamento econômico com a “análise do equilíbrio geral”, matematizando, através do artifício de equações simultâneas, os fenômenos econômicos. Coube a Alfred Marshal sistematizar a “corrente marginalista” à luz das influências da Escola Clássica (Marshal e depois Pigou -teórico do bem estar- foram proeminentes): sustentaram que “diferentes fatores se determinam mutuamente”, ao contrário do que propusera a Lei de Bronze87 que sustentava o “nivelamento de subsistência”. Três outras escolas de pensamento econômico surgem em reação ao liberalismo, com a publicação das seguintes obras: os keynesianos com The General Theory of Employment, Interest and Money, os socialistas Das Kapital e os historicistas alemães com The End of Laissez-Faire, entre outras e, formavam base de reação e, principalmente de explicação dos fenômenos econômicos das recessões, incompreendidas pelos “clássicos liberais”: “É a demanda que gera a oferta”. A “análise do equilíbrio geral”, entretanto, apesar das críticas e, até do azedume de correntes mais radicais que não aceitavam como objeto da economia nenhum fenômeno econômico exato (os fenômenos exatos são objetos das ciências exatas, a economia é uma ciência humana e lida com fenômenos econômicos humanos e inexatos), logrou sistematizar o pensamento econômico de forma ideal e consolidada, sobretudo a partir do desenvolvimento do setor terciário do modo de produção capitalista. Acima, falamos na “tunga metodológica marginalista”. Esta “pancada” em sentido popular, logrou a transposição da “economia” à “matemática econômica”, tal qual o desenvolvimento da geometria não euclideana, transpôs a aritmética à geometria, sem no entanto tratar do nivelamento de subsistência. O resultado não poderia ser outro: embatucado o nivelamento de subsistência, o equilíbrio geral do modelo marginalista estaria demonstrado por equações funcionais simultâneas. O que não poderia ser diferente: se não há nivelamento de subsistência porque diferentes fatores se combinam mutuamente, então a livre concorrência é eficiente e perfeita para garantir o equilíbrio geral ideal , tanto no mercado de bens e serviços, como no mercado de títulos e divisas. Ideal, porque os países pobres irão comercializar com o “território econômico” que lhes garanta vantagem comparativa e, este “território econômico” poderá ser de países também pobres, ou em desenvolvimento, ou emergentes ou de economia próspera; Os países em desenvolvimento irão comercializar com o “território econômico” que lhes garantam vantagem comparativa e, este “território econômico” poderá ser de países pobres, ou também em desenvolvimento, ou emergentes ou prósperos; os países emergentes irão comercializar com o “território econômico” que lhes garantam vantagem comparativa e, este “território econômico” poderá ser de países pobres, ou em desenvolvimento, ou também emergentes ou prósperos; os países prósperos irão comercializar com o “território econômico” que lhes garantam vantagem comparativa e, este “território econômico” poderá ser de países pobres, ou em desenvolvimento, ou emergentes ou também prósperos, e eventuais desequilíbrios, serão de curto prazo, pois a “taxa de eficiência marginal” de interesse de cada país, garantiria racionalmente o equilíbrio geral. Embatucava-se, portanto, não somente o conceito de nivelamento de subsistência, mas também as necessidades dos países pobres e em desenvolvimento , as quais não seriam supridas tão somente por seus interesses e a reboque de um suposto “desconto histórico irrepetível”(Jaguaribe). Analisando as antecipações econômicas ex-ant e ex-post, o economista sueco Myrdal, dava ensejo à escola institucionalista, ou simplesmente institucionalismo, com os estudos das variáveis econômicas no tempo cronológico. As antecipações de Gunnar Myrdal incluíam receitas, investimentos, inflação e juros ; Em 1939, Lindhal publicou “Studies in the theory of money and capital” e concluíra que era através das antecipações de cenários de Myrdal, que se calcularia o Capital e a Renda oriundas das flutuações de preços. Bertil Ohlin, também economista sueco, concluira que os preços refletia o valor agregado internacional e movimentos internacionais de capitais entre países, dando novo influxo ao conceito de nivelamento . Enfatizou a importância dos planos de poupança, consumo e renda, desacreditando na eficácia das taxas de juros para impactar os investimentos da economia e evitar o cartel financeiro positivado pelos governos “intervencionistas”. Na América Latina (e, no Brasil) a idéia conceitual de nivelamento (debaixo da interpretação marginalista) se espraiou para outras ciências correlatas à ciência econômica, sob a influência do influxo marginalista (:“diferentes fatores se determinam mutuamente”): na sociologia, embatucaria o conceito de “classes sociais”; na ciência política, assumiria sinonímia com a descrição nominal do “consenso”; na ciência jurídica, o direito civil daria a mesma personalidade a Partidos Políticos, Empresas, Sindicatos e ONGs, induzindo digressões, como por exemplos, a pacificação dos conflitos por meio das lideranças partidárias nos Estados Democráticos, afinando na burocracia maquiavélica, toda e qualquer forma de resistência criticizadora do “pensamento médio”- elemento fundamental do discurso comunicativo habermasiano (Oliveira, F.) do chamado “pensamento único”; e, mais recentemente, a própria terminologia da “suprema corte” (o STF) no Brasil, inovava a linguagem em decisões monocráticas e colegiadas com a terminologia do “o direito médio”-ao que, Marcuse nominaria de “Homem Unidimensional”, antecipando o impulso atávico e contemporâneo das economias emergentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

EU QUERO COMENTAR ISSO. Ops !!! Faça login em sua conta Google. Lembre-se: os comentários são moderados e, se forem ofensivo à honra, à imagem e a dignidade de quaisquer pessoa, serão excluídos definitivamente. Para contestar exclusão, envie direito de réplica para e-mail moderador: n b n u n e s @ y a h o o . c o m . b r