Teoria Geral da Estrutura: Demandas em Pesquisa & Desenvolvimento da Metodologia Econômica - acertando as contas com a Matemática Superior
Existe no Brasil, uma espécie de “histeria intelectual” sempre que os Governos se aproximam da necessidade do Planejamento de longo prazo, uma espécie de “princípio atávico” paranóico que chamamos “anti-Gular”: apesar das principais grandezas da contabilidade nacional serem dispostas na Contabilidade Social e evidenciarem as “quatros contas básicas” agregadas do Sistema de Contas Nacionais (PIB, Renda Nacional Disponível; Acumulação de Capital e Transações com o resto do mundo, mais a Conta Corrente da Administração Pública), sempre que se busca evidenciar o encolhimento da participação dos rendimentos da massa dos salários e do próprio estoque de indivíduos, comparativamente aos rendimentos da remuneração do capital (o estoque de capital decai frente à “produtividade total da tecnologia” menos que os custos frente aos rendimentos – não estudaremos por hora esta relação associativa), escamoteia-se os dummies da Produtividade Total e do progresso técnico, que já representa quase metade de toda “Produção Nacional”, ao menos, aritmeticamente: “Fator Produtividade Total é igual à diferença entre o Crescimento Econômico e a participação de capital e trabalho.”
Siamês a esta “histeria intelectual”, subjaz uma espécie de “histeria elitista”, sempre que são aventados instrumentos institucionais que tendam a previnir a recorrente desincorporação à renda e ao crédito bancário por parte das classes que não acoplam à economia de mercado. Essa histeria de tipo freudiana leva, quase sempre, ao abortamento prematuro de projetos e propostas prometeicas de soluções de conflitos e desigualdades entre capital e trabalho, entre destinação efetiva de recursos públicos à cidade formal e à cidade informal, entre a redistribuição de renda, extremamente desigaual, dos 70 (setenta) mil brasileiros super-ricos e dos 150 (cento e cincoenta) milhões de renda quase-média ou do acúmulo de renda de grandes furtunas de apenas 5 (cinco) brasileiros equivalentes à renda de mais de 100 (cem) milhões de brasileiros. São exemplos: no âmbito da Justiça do Trabalho, o “Conselho Permanente de Conciliação e Arbitragem”, previsto pela Lei 1637 de 5 de novembro de 1907 (que vigorou mas não vigiu); no âmbito do Poder Executivo Federal, o “Departamento Administrativo do Serviço Público – DASP (que diagnosticou, orçou as receitas e despesas, mas foi abortado na fase da execução orçamentária); no âmbito municipal, o “Conselho Municipal de Orçamento” – CMO, de 1984 a 1986 (que abriu canal de “participação” da população na fase de discussão do “Orçamento Público”, mas não chegou alocar os recursos nas prioridades aventadas pelas dezenas de assembléias realizadas pela população e as secretarias do Governo Municipal) e a proposta de Iniciativa Popular do “Conselho de Orçamento Deliberativo”, recebida pela “comissão legislativa de sistematização da Lei Orgânica Municipal - LOM” em 1991, mas que não foi incluído no Projeto de LOM votada pelos Vereadores do município de Petrópolis-RJ) e, mais recentemente, a “Lei de Renda Mínima”, de autoria do Senador Suplicy, que não teve a prossecução merecida...
“Charlote”, neste caso, padece de histeria do tipo* que tem como consequência a “síndrome do pânico exarcerbado” – um certo hiper-sentimento de perda, de exagerado amor próprio, amor a si, “auto-interesse” (Adam Smith): self love, onde a condição de “cidadão do mundo”, a cidadania planetária é percebida como a do personagem principal do filme “O Homem da Márfia”: um negociante que diante das oportunidades, vende e recebe pelo trabalho realizado. Porém, apesar da aparente normalidade funcional, “Charlote” vivencia projeção vicária potencial e virtual em não realizar “trabalho socialmente necessário” equvalente ao “trabalho social” do qual se apropria, via enriquecimento especulativo.
Ora, se é possível incorporar e acoplar à economia as classes desfavorecidas, como sobreviver do anatocismo, da especulação e da plutocracia moral... Charlote indaga se sua carteira seria confiscada. Indaga se seus bens e haveres seriam expropriados... Indaga se o “mercado de títulos” estaria demasiadamente nervoso com a política. Estaria faltando a “fé inquebrantável” do ocidente democrático ? Não ! Todas essas indagações seriam apenas uma projeção vicária, pânico exarcerbado, histeria elitista que não consegue conviver com propostas e projetos que previnam, indistintamente, a solidariedade entre os homens (oeconomicus, social, políticos, religiosos) ...
É que, a metodologia, com o uso extensivo do enxerto do método analítico abstraído da matemática (“matemática analítica”), produziu, produz e continua a produzir resultados convincentes. Não existe uma limitação formal para o uso do instrumental analítico quer para os fins específicos, quer para os fins de bem-estar social. Este é o divisor de águas entre as ciências exatas e as ciências humanas em sentido restrito: o instrumental analítico deve servir à ciência econômica ao invés de instrumentalizá-la, mas para fazê-lo servir, requer compromisso intelectual com as ciências humanas, em particular, e compromisso com a redistribuição de rendas, como objeto científico principal, em geral.
A chamada “matemática econômica” que pretendeu substituir a “economia política”, não logrou restringir o escólio da economia pela tão fundamentação linear: “para produzir mudanças é necessário dispor de poder e que a forma de dispor de poder é produzir mudanças” - pacificado o círculo vicioso por “equações simultâneas”, como justificativa estratégica: lógica certa para fenômenos específicos fenosituacionados (manifestados fenomenologicamente) e, sem sentido para os “fenômenos concretos” manifestados pelos homens indistintos, para os bens indistintos da ‘produção’ social, genosituacionados (manifestados em essência). Atualmente, sabe-se que boa parte dos fenômenos econômicos não podem ser redutíveis ou, a maioria dos fenômenos que envolvem grandezas distintas e ou descontínuos, é irredutível. Por exemplo, Romer (2016), analisa como pensavam os macroeconomistas dos anos 1960 e como eles tem pensado agora. Nos anos 60 e 70, eles não reconheceram “(...) quão difícil é realizar inferências confiáveis sobre causalidade a partir de observações que fazem parte de um sistema de variáveis simultâneas(...)”
São com estes escopos – concretude/fenômeno - que surgiram os ensaios de Leontief frente ao sistema ONU para o ‘sistema de contas nacionais’, por exemplo; O método de Otto Baer frente à equação de Cobb-Douglas; A unidade padrão do “trabalho datado” de Sraffa, frente ao ‘numerare’ das equações sucessivas do marginalismo de Marchall, ou a “Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos” e a “abordagem engenharia” em Walras, Pareto, etc...
A noção metodológica que a ‘pesquisa básica’ apresenta não pretende abranger toda a falta de consenso do parágrafo anterior (entre a compreensão do fenômeno econômico por metodologia apropriada e a explicação da manifestação concreta por método transplantado das ciências exatas), também não pretende rediscutir, no século XXI, “a controvérsia do método” – já superada no final do século XIX – mas, não podemos dispensar que, mesmo a “macroeconomia moderna” (keynesiana e pós-keynesiana) passa, subliminarmente, estranhar o reconhecimento da economia como ciências humanas; passando dá-la, docilmente, categorização, não menos subliminar, de ciências exatas, ou a elas reduzindo-a: não pela literatura econômica produzida pelas ‘escolas de pensamento econômico’ (Quadro 1, abaixo), somente, mas por uma espécie de “consenso de cátedra” que não conseguiu fazer avançar a “macroeconomia tradicional” na qual se fundamenta a maioria dos postulados do mainstream e seus métodos econômicos para descrever os fenômenos agregados e, na “Teoria da Produção” (ou microeconomia, neokeynesiana e neo-malthusiana) ou na “síntese neoclássica”, com que deduzem os fenômenos econômicos específicos, como se todos fossem contínuos.
O presente texto é uma continuidade de outros 6 (seis) títulos já publicados no site da amazon (https://www.amazon.com ), a saber: 01) Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos; 02) Teoria Geral da Estrutura; 03) Complementos à Metodologia Econômica; 04) Fundamentos de Economia para Matemáticos; 05) Economia Política: Da Formação Clássica e Acumulação Marginalista de Capital à Intervenção Keynesiana e Financeirização Monetarista da Riqueza Aziendal e 06) O Urso e o Homem. Por isso, demos a eles o título de Tomo I. No atual, divididos em primeira e segunda parte, demos o título de Tomo II, a saber:
TOMO II - PRIMEIRA PARTE – Capítulos 1 a 6
Capítulo 1 - DO OBJETO do TOMO II - O objeto da “Teoria Geral da Estrutura: Demandas em Pesquisa & Desenvolvimento da Metodologia Econômica – acertando as contas com a Matemática Analítica” quer apresentar as incompletudes existentes entre a ‘metodologia econômica’ das ciências humanas e sociais e o “transplante metodológico” das ciências exatas e matemática para a Economia e, está subentendido em 16 (dezesseis) tópicos (iniciados no Tomo I)...
Capítulo 2 – Tomo II da MEHBI: Limites e derivadas parciais - Ao arrepio da ciência econômica, quando a “teoria econômica marginalista”, em particular, e a “análise matemática”, em geral, introduzem “uma função tal como a da demanda ou do custo, costumam supor não só que ela é contínua, mas também que possua uma derivada” (Allen, 1960:171). E, mesmo nos casos em que há o conhecimento prévio da descontinuidade [(quer infinita em determinado ponto da função, quer em pontos escalonados) das funções – casos referentes à maioria das funções em Economia – de pouca ou nenhuma utilidade para a Análise Matemática, não podendo ser “representada por uma simples fórmula analítica do tipo usualmente considerado no trabalho matemático”(idem, 121)], contornam a desutilidade analítica das funções reais da Economia, enxertando e transplantando o método científico próprio da investigação econômica, pela matemática pura – O que demonstraremos na Segunda Parte deste Tomo II, especialmente, a partir dos Capítulos IV a VII…
Capitulo 3 – Tomo II da MEHBI: Derivadas Parciais - A “pesquisa básica” faz entrever que a restrição analítica do instrumental analítico (a matemática) - quanto à metodologia econômica dos fins de bem estar social – se inicia-se pela realização do Cálculo Numérico Parcial”, este entendido como “uma extensão simples da noção de derivada” (Henry, 1971:56), com x,y,z independentes...
Capítulo 4 – Tomo II da MEHBI: Derivada Parcial de uma função - A derivada parcialde uma função se apresenta como um importante recurso para o cálculo de funções com duas variáveis, quando estas variam independentemente uma da outra. Se w = f(x,y) e as variáveis x e y variam independentemente uma da outra, em particular, podemos atribuir valores a uma delas, enquanto utilizamos o artifício arbitrário para que a outra permaneça fixa (como se fosse constante). Assim procedendo para cada variável, delimitamos duas funções, cada uma com uma só variável: 1) w como função de x (com y como se fosse constate) e, 2) w como função de y (com x como se fosse constante) e, cada uma dessas funções (1 e 2) aplicamos a forma típica das derivadas ordinárias. As derivadas obtidas por este artifício são as denominadas derivadas parciais e utilizam, com y constante, usualmente a notação ∂w/∂x = (∂/∂x)(f(x,y)) ou wx’=fx’(x,y) e, mutatis mutandis, obtêm-se as notações para a derivada parcial em relação a y...
Capítulo 5 – Tomo II da MEHBI: Derivada Parcial de várias variáveis funcionais aplicadas à curva de oferta teórica de certa produção agregada constante. -Graficamente, para sustentar a tese de que as “curvas de produto constante são decrescentes e convexas”, devemos admitir que a “forma conveniente da função de produção” depende de condições referentes à natureza e à variabilidade dos fatores de produção e que, uma infinidade de outros elementos relativos aos fatores, permanecem constantes, isto é, não se alteram ou, obedecem as cláusulas coetirus paribus:.. Portanto, analiticamente, conforme a ‘matemática analítica’, é a economia - ciência econômica - quem fornece (informa) as condições referentes à natureza e à variabilidade e, é a teoria matemática – matemática analítica - quem estabelece a forma conveniente da função do ponto de vista estritamente analítico. A mesma interação entre as ciências (econômicas e matemáticas), ocorre com os outros elementos relativos aos fatores, uma vez estabelecidos as condições referentes a sua natureza e variabilidade.
Capítulo 6 – Tomo II da MEHBI: Derivada Parcial de uma função geral - A definição de αz/αx e αz/αy medem as taxas de variação instantânea da função z=f(x,y) quando x varia (y constante) e quando y varia (x constante). Estas derivadas parciais medem o coeficiente angular da superfície z=f(x,y) em somente duas direções particulares. A derivada parcial de segunda ordem α2z/αx2 medirá a taxa de variação instantânea αz/αx quando x cresce a partir do ponto considerado (y constante), isto é, medirá aaceleração da função z=f(x,y) quando x cresce e y permanece constante. Se o resultado [(αz/αx) > 0] é maior que zero no ponto (a,b), então a função cresce quando x cresce a partir do valor de a (com y permanecendo constante ou igual ao valor b) e a superfície z=f(x,y), neste ponto considerado, subirá de Oeste em direção a nordeste...
TOMO II – SEGUNDA PARTE – Capítulos I a XII
CAPÍTULO I – Funções de várias variáveis em teoria econômica – bens concorrentes e bens complementares. Para uma análise geral e precisa dos fenômenos econômicos, as funções de várias variáveis são de importância capital. Quando os problemas consideram apenas uma variável, deixam de ser consideradas as inter-relações e, as soluções são demasiadamente simplificadas, afastando-se assim do mundo real da economia.
CAPÍTULO II – A tunga do marginalismo ou a escamoteação dos eventos cardinaisem simulacros ordinais vis a vis. Utilizamos o símbolo gráfico maiúsculo Xn no capítulo I, para indicar bens de consumo e, grafamos com xn minúsculo a indicação da curva de demanda respectiva. Tal simbologia não é aleatória mas encerra um conceito fundamental de sua própria representação axial no campo das Ciências Econômicas. O numerário bem qualquer é impar em relação à ordem de sua oferta e procura. Enquanto as quantidades econômicas são escassas e finitas, as ordenanças são tão abundantes quanto infinitas, não havendo uma limitação formal à sua manipulação ou distribuição... A tunga marginalista, portanto, consiste em sustentar que, como determinadas funções matemáticas, antecedidas por constantes positivas, admitem cálculo derivado (médio) e cálculo derivado de segunda ordem (marginal), então a função de Custo Total é passível em ser demonstrada em seu custo médio e marginal, satisfeita as condições matemáticas.
CAPITULO III – Noções de Cálculo Numérico Integral - É inútil querer esgotar em suposto formulário de integrais todas as funções matemáticas que encerram o fenômeno econômico. Esta resiliência não nos impede de apontar uma técnica de integração por um método prático e, um formulário de integração e sistematização deste método prático, a partir de algumas fórmulas típicas, tal qual demonstramos no Tomo I, as fórmulas típicas de derivação. Como o Cálculo Numérico Integral, consiste em determinar uma função cuja a derivada é a função a integrar e, já definimos as derivadas e suas fórmulas típicas de derivação, invertendo aqueles resultados, obteremos as fórmulas típicas de integração, apenas distinguindo-as por uma constante arbitrária.
III.1 - Técnica de Integração - O método prático de cálculo de uma integral definida ou indefinida consiste em determinar uma função que tenha por derivada a função que se pretende integrar. Se f(x) é obtida de g(x) por derivação, então g(x) é obtida de f(x) por integração (indefinida). A integral de f(x) fornece a solução da equação diferencial Em outras palavras, pode-se afirmar que se f(x) é uma função contínua de x, então a integral da derivada da função é a função original, antes de ser derivada.
III.2 – Formulário de Integração do método prático
III.3 Regras para a integração de combinação de funções e de funções de funções
III.3.1 Artifícios para solução de frações parciais
CAPÍTULO IV – Da definição das Equações Diferenciais para determinar a relação entre Custo Total e as Quantidades Produzidas - É mister observar que já estudamos o Custo Total inserido nos “modelos residuais e econométricos” (Nunes, N.B., “Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos”. 2013, Capítulo IV, e-book digital: https://www.amazon.com). Recomendamos a leitura dos subitens: “b2.1.1 A limitação do instrumental marginalista para aferir o valor do coeficiente linear (que deverá aguardar ou o aprofundamento da pesquisa básica ou seu desenvolvimento) e b2.2) O convencimento analítico da teoria marginalista do “instrumental analítico”: O Cálculo Numérico Derivado (Parcial) e o Cálculo Numérico Integral”... A mudança de enfoque temporal da análise da demanda feita pela contribuição dos marginalistas, abriu campo para exageros abstracionistas, isto é, redução de todas grandezas econômicas à matemática analítica...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1 – Equação Diferencial - A obtenção de relações entre incrementos de pequenos movimentos ou variações das quantidades variáveis e, no limite, as relações envolvendo derivadas ou diferenciais das variáveis é de interesse técnico-científico da Economia. Porém, para que a Economia utilize o instrumental analítico da matemática, é necessário que este seja construído em dados reais (fornecidos pela Economia) e sobre a base de equações diferenciais, relações entre derivadas ou diferenciais das quantidades variáveis, com o objetivo de deduzir as “equações funcionais” entre as variáveis que figurem nas equações diferenciais, isto é, exprimir as “leis gerais” que regem as variações dos dados econômicos, catalogados, medidos ou pesados. E, de um modo particular - devido ao fato de que a variável tempo em “economia marginalista” é tratada como...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1- Subseção 1.1 - Diferenciais Exatas e “variáveis separáveis”. Adiferencial exata de uma relação funcional pode ser obtida pelas derivadas parciais da relação estabelecida, conjuminada em nova parcial, preservando a forma anterior integrada...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1- Subseção 1.2 – Série, Teorema de Taylor e expansão de uma função - Dada uma sequência infinita constituída de termos-coeficientes, a1, a2, a3, ... e, sendo s1 = a1; s2 = a1 + a2;s3 = a1 + a2 + a3 ... Constitui-se uma nova sequência infinita formada por s1, s2, s3, ... Se esta sequência tiver um limite S, então S=lim sn, quando n→∞ e, lim sn (com n→∞) será igual ao somatório (do primeiro até o infinito) an termos de uma sequência infinita. Isto é, quando n→∞, lim sn = Ʃ an = a1 + a2 + a3 + .... A esta soma dos termos de uma sequência infinita denomina-se série. Se esta série sn ao se aproximar do limite S, enquanto n→∞, ela é chamada série convergente. Se a série sn não se aproximar do limite S (ou o limite S não existir), enquanto n→∞, a série não convergirá e neste caso será chamada serie divergente...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1 - Subseção 1.3 – Convergência de uma série - Interessa-nos saber o que ocorrerá com a série quando o resto tender para zero e, a série de Taylor tender para o infinito...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1 - Subseção - 1.4 - O caso da Série Exponencial. “Sabe-se que, desde o século XVIII, os matemáticos Nepper e, antes dele, Euler, concluíam o resultado teórico dos limites laterais idênticos da expressão [1 + (1/n)]^n quando n→∞ : o número irracional ℮ = 2,7182818284...” (Brasileiro Jr, N., O Urso e o Homem. e-book digital 2014 disponível in https://www.amazon.com )... Tomando a fórmula de Taylor para a exponencial f(x)= ex e fazendo x=1:
℮ = 1 + 1 + ½! + 1/3! + ¼! + 1/5!... = 2,7182818284...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1- Subseção 1.5 - Teorema de Taylor para funções de várias variáveis - Sendo f(x,y) uma função que possui derivadas parciais contínuas nos pontos (x,y), (x+h, x+k), onde h e k tendem para 0 (h→0 e k→0), EXPANDINDO f(x+h,y+k) no ponto (x,y) vem: f(x+h,y+k) = f(x,y) + df + ½! + d2f + … + (1/n!)dnf + Rn, onde Rn=(1/n+1)!(dn+1(x+σh,y+σk), com: 0 < σ < 1. Em que df = fxdx + fydy = hfx + kfy; d2f =h2fxx + 2hkfxy + k2fyy (caso das parciais cruzadas iguais ...
Segunda Parte – Cap. IV - Seção 1- Subseção 1.6 – Números Complexos - Sejam “a” e “b” números reais. Número Complexo é o número “c”, tal que c=a+bi, onde i=√-1 é o complexo d=(b,a) = b+ai ≠ c...
Tomo II - Segunda Parte – Cap. IV - Seção 2 – Definições elementares - No Tomo I, lançamos o termo “derivada integral” de forma heterodoxa para realçar a diferença entre as “derivadas ordinárias” e as “derivadas parciais”. Julgamos necessário definir cientificamente o que significa estes termos...
Tomo II - Segunda Parte – Cap. IV - Seção 2 – Subseção 1 - Definições elementares de uma solução de uma diferencial. Como vimos no exemplo 1, da seção 1 (acima), a constante arbitrária c representa toda uma família de soluções possíveis de uma equação diferencial, isto quer dizer que ao atribuirmos à solução a igualdade à constante arbitrária, estamos afirmando que esta solução é uma solução geral e que cada solução numérica específica (vide o exemplo 1), é uma solução particular obtida da solução geral...
Tomo II – Segunda Parte – Capitulo IV – Seção 3 – Conclusões das Seções 1 e 2 - A “caixa de pandora” (clausura da Economia e das ciências humanas à “matemática analítica” e, desta à “matemática pura”- especialmente o Capítulo IV, Seção 1, subseção 1, não exclusivamente), fora lacrada desde 1936, quando o mainstream estabeleceu que o Estado era uma espécie de concorrente monopolista com o setor privado e, escamoteou-se o papel dos bancos e demais intermediários bancários e financeiros que ao final e a cabo influenciam grandemente na determinação das taxas de juros. Hoje, os Bancos Centrais, como o Federal Reserve dos EUA (um organismo privado), assim como o Banco Central Europeu, o japonês e etc, insuflam a técnica injetando papel moeda em demasia na economia, por exemplo, via “Política de Flexibilização Quantitativa” (QE – Quantitative Easing) direcionada a incentivar os intermediários privados a aumentarem suas reservas acima das reservas obrigatórias, mediante remuneração de taxas de juros especiais. Com isso, multiplicaram a base monetária em mais de sessenta vezes de 2009 a 2016 e mantiveram artificialmente a taxa de inflação zerada ou “negativizada”, inventando a ilação dos “juros neutros”. Voltaremos a este tema adiante. Por ora, cabe-nos sustentar que a clausura imputada pelo marginalismo enquadrou os Estados Territoriais como Estados Monopolistas. Como um monopolista, subordinado ao sistema econômico, alcunhado sistema econômico de Capitalismo Monopolista de Estado, ele (o Estado Monopolista) planeja a economia para que ela se ajuste e obtenha a maximização produtiva, de modo que o “crescimento econômico” y, seja um máximo de “produto potencial”, isto é, Isto é, o PIB enclausurado na matemática analítica...
Tomo II – Segunda Parte – Capítulo V – Custo Médio, Custo Marginal, Custo Total e Valor de Capital e o problema de bens de capital duráveis. Com o estudo acima, podemos adentrar no problema da produção de , bens de capital duráveis. (Inicialmente fazemos notar que a complexidade de capitais duráveis (máquinas, equipamentos, instalações, etc) não é de fácil simplificação, para tanto, lançamos mão de alguns pressupostos analisados na obra de Wicksell e Gustaf Akerman, citados por Allen... Suponha que uma máquina é produzida pelo Estado Monopolista a um custo de $f(t) e que dependa da amplitude de tanos de sua vida ativa (vida útil). Uma determinada empresa adquire-a, a preço de custo (concorrência perfeita) e obtém com seu uso uma renda (produto) contínua de $a por ano. Nestas condições, coetirus paribus, no exato momento da entrada do bem (máquina) na empresa – ou do exato momento da compra do bem a preço de concorrência perfeita – o Valor Atual (valor de capital de bem durável), referente a toda a produção futura da empresa e durante a vida útil da máquina (tanos) será dado pelo resultado da INTEGRAL DEFINIDA acima...
Tomo II – Segunda Parte – Capítulo VI –Compreendendo a lógica matemática para o Valor de Capital e bens de capital duráveis. No capítulo anterior, vimos que a integral do produto marginal da Produção Interna Bruta, fornece o Produto Interno Bruto e que o Valor de Capital de bens de capital duráveis, é dado pelo resultado da INTEGRAL: = , onde “t” é o intervalo de tempo, “a” é o “valor atual descontado” e, “r” a taxa de juros de 100r% ao ano. Veremos como se estabelece estes resultados analíticos... Por conclusão deste capítulo vi, sustentamos que a teoria do valor atual (valor descontado), fundada na “matemática financeira” – apropriada para a leitura analítica de uma corrente de renda ou de um investimento financeiro no mercado de ações, monetário ou fiduciário – é inapropriada para escorreita leitura analítica do valor de capital de bens de capital durável maximizador em proporção ao valor de custo de concorrência em função de sua vida útil. Pois, a transposição do juro composto, acumulado (descontinuamente), “n” vezes por ano a 100r%, durante “x” anos, isto é, , para a transposição de juro composto acumulado continuamente, a 100r%, durante toda a “vida útil”do bem de capital durável (referente a todo o produto futuro obtido durante “t” anos - conforme a matemática financeira estabelece para trazer a valor descontado um determinado montante financeiro em estado ótimo), isto é, , a qual, uma vez integralizada, forneceria o Valor de Capital de todo o acúmulo futuro do bem de capital durável, até o seu esgotamento ótimo maximizado: , é uma abstração analítica que somente fornece resolução mediante hipótese de “custo nulo” de uma “quantidade produzida” igual a zero, e apriori. É que, o que cabe para um valor monetário num momento inicial “t” zero, onde o valor monetário está sob a guarita de sua específica proteção financeira, conforme o interesse ou a necessidade de seu proprietário (capital circulante ou depositado em instituição financeira), não é uma panacéia que se possa transmutar, sinonimiamente, para uma quantidade produzida igual a zero de um bem de capital durável em seu momento inicial...
Tomo II - Segunda Parte – Capítulo VII- Equações Homogêneas e a Teoria Econômica - Defini-se a homogeneidade pela variação proporcional, isto é, admite-se que a relação de causalidade entre uma relação funcional e suas variáveis simultâneas ou não, são variações proporcionais de crescimento, estacionária ou de decrescimento. Esta caracterização analítica é importante porque interessa à Teoria Econômica encontrar relação de causalidade entre funções simultâneas e não-simultâneas nos fenômenos econômicos, para que se possa tomar decisões de planejamento, visando o conhecimento dos comportamentos futuros, mediante a observação das implicações presentes e de natureza pretérita. Do ponto de partida da Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos, a importância da caracterização analítica é a percepção de que são os fenômenos econômicos que se comportam de tal ou qual modo e que, dos modos de seus comportamentos, alguns se revestem em homogeneidade quer linear ou não-linear. Assim, se analiticamente, “(...) podemos resolver das várias equações diferenciais e ficamos limitados às equações diferenciais lineares.”(Yamane, 1976:374), economicamente, todas as relações funcionais são passíveis de solução exemplar...
Tomo II Segunda Parte – Capítulo VIII – A teoria pode estar errada ? No tomo I, trabalhamos com a hipótese de que os dados em vez da teoria poderiam estar errados. Neste capítulo do tomo II, vamos trabalhar com a controvérsia recorrente entre os economistas ortodoxos e os economistas heterodoxos (...). Paul Romer, Presidente do Banco Mundial, J. Stiglitz, Nóbel de Economia 2001, Jonh Coachrane, Professor e economista da Escola de Chicago, não são o que se poderia classificar de heterodoxos, mas a partir de suas análises das “políticas ex nunc” adotadas pelos países industrializados após 2008, ficariam bem distantes do mainstream do comportamento padrão...
Tomo II – Capítulo IX – Há uma função do déficit do conhecimento técnico ? A visualização da função transcendente da produção só pode atualizar-se, emanar-se, da ‘Macroeconomia Tradicional’. E, o instrumental matemático fornece os dados, o conhecimento dos meios de produção, repartição, consumo, reprodução, que as comparações com outras economias em estágios de desenvolvimento semelhantes ou as séries históricas do nível de crescimento econômico e, ou índices de desenvolvimento humano, etc.. encerram o sentido prometéico da estrutura econômica reprimida a ser visualizada...
Tomo II – Capítulo X - A “TEORIA DOS SENTIMENTOS MORAIS” DE ADAM SMITH E SUA VISÃO SOBRE A DIVISÃO DO TRABALHO, RIQUEZA, MERCADO, BEM, BEM-ESTAR, UTILIDADES, OTIMILIDADE DE PARETO e O ESTADO DA ARTE DA ‘PESQUISA FUNDAMENTAL’ e a NECESSIDADE DE “PESQUISA&DESENVOLVIMENTO”- Smith, ao contrário do que os smithianos recentes lhe atribui e os revisionistas marginalistas conformam, não atribui ao auto-interesse (self love) as qualidades da razão e entendimento, bem como o autodomínio. Sua “teoria dos sentimentos morais” nunca atribuiu à prudência o auto-interesse, mas seu sacrifício como marco civilizatório de homens verdadeiramente livres...
Tomo II - Segunda Parte - Capítulo X, Seção única – Do Estado da Arte e da necessária P&D: Dissuasão, Ética e Campanha Eleitoral de 2018 no Brasil - A chamada “pós-verdade” ou falk news(notícias falsas) persuadem os incaltos a mentiras e ilações como se verdades fossem. Mas, se conforme já lecionara Clarice Lispector, “a mentira é apenas uma forma negativa de dizer a verdade”, como separar o joio do trigo, sem macular as boas sementes ? Talvez a dissuasão clandestina dos focos de resistência, seja o reflexo da implosão organizada-desorganizada da “última trincheira da cidadania”, a quebra de alguns ovos para fazerem a gemada dos fortes, travestida em “ética da responsabilidade” weberiana (...). Daqui, de onde estou, sem auto-comiseração, sinto-me à vontade, pois na era das comunicações pós-analógicas, aos 56 anos, ainda não possuo internet, telefone fixo ou móvel-celular, não estou entre os 19 milhões de assinantes de TV em canal fechado (portanto não tenho a distinção do privilégio classista de poder assistir a TV-Justiça, TV-Senado, TV-Câmara ...) e, os microprocessadores que às vezes reutilizo são todos docilmente cedidos por terceiros, dos quais não conheço as configurações e códigos de segurança e acesso – uma espécie de “tornozeleira intectual virtual psicrotônica” da liberdade vigiada para a classe trabalhadora dos 100 milhões de brasileiros que alferem renda equivalente aos 5 (cinco) brasileiros mais ricos do Brasil...
Tomo II – Capítulo XI – Evolução da Democracia Brasileira:Burguesa, Moderna, Democracia Digital, Pós-Moderna e Democracia Econômica- Votar é ato de escolha – “ato político” de escolha. É portanto um ato de cidadania: somente os cidadãos livres escolhem seus projetos e “decidem e deliberam” como implementá-los.
Tomo II – Capítulo XII - Há uma mediação criticizadora possível ? De solavanco, é preciso superar a tendência “crítico-reprodutivista” em suas três vertentes influenciadas pelos radicais americanos: a ciência econômica como aparelho ideológico de Estado; como economia ‘dualística’(dualista) e como sistema de ‘violência simbólica’.
Os mecanismos analíticos: pré-crítico-reprodutivista - O “déficit de conhecimento técnico” e a carência da divulgação de pesquisas e desenvolvimento da Metodologia Econômica das ciências humanas, com a tendência prometéica do pensamento econômico na segunda metade do século XX (Habermas; Hugon; Amartya Sen; e outros), nos conduz à tentação em vasculhar os dados empíricos, ainda que em bases dohumanismo (humanista-tradicional e humanista-moderno) somente...
Bens Indistintos e indistinção de bens - Também já havia “tratado d(est)as sensações” – no anexo nono do Tomo I da MEHBI – a partir dos “diálogos com Hume. Retomamos aqui para fazer reverberar os interesses pela responsabilidade às necessidades solidárias que vem sendo aviltados pelas consciências tétricas tanto da filosofia racionalista-liberal e racionalista-idealista como também dos neófitos recentes da terceira vertente da filosofia da pedagogia educacional moderna(...). Este semifulcro lampedusiano esboçado pelo Mestre Furtado carece, na aurora da judiciação da política e da politização do judiciário, de renovo e operação – se é que de fato estamos dispostas a superar os nivelamentos de subsistências para além dos discursos contrários aos marginalismos, somente no terreno dos princípios (neokenesianos, neomalthusianos, monetaristas e das sínteses neoclássicas, neoliberais)...
Introdução Geral ao Tomo II
Ao longo dos últimos setenta anos, principalmente depois da 2ª Guerra Mundial e do embatucar (esgotamento ?!) das políticas keynesianas – lastro do Estado de Bem-Estar Europeu, a vitória sobre o liberalismo rentista recrudesceu, dando lugar ao neoliberalismo. Durante todo esse período, os economistas avessos, sustentaram uma luta no terreno dos princípios que mostra-se necessária, cada vez mais insuficiente.
Na América Latina e Caribenha, salvo os ensaios do “desenvolvimentismo” cepalino e os esforços do PREALC (Programa Regional para a América Latina e Caribenha) e, na Europa, salvo o “trabalho datado” de Sraffa, pouco se produziu em termos da “matemática analítica” que fosse alternativo à equação de Cobb-Douglas, em particular e, à “teoria geral do equilíbrio” marginalista, em geral. Isso porque a geração de Economistas que se seguiu, não completaram a demonstração analítica da “Teoria Geral da Estrutura” e se deixaram tisnar por um sem número de especialidades particulares e específicas da teoria econômica.
Por que a luta somente no terreno dos princípios é necessária mas cada vez mais insuficiente, para propor uma alternativa científica ao marginalismo neoliberal ? Primeiramente porque os valores de império (imperativos categóricos) do neoliberalismo e do marginalismo estão assentados na “matemática pura” e em seus axiomas externos e, em consequência, não é passível à mentalidade linear desconstruir uma informação analítica matemática se não “fora” da matemática; não é possível nem mesmo ao intelecto dialético do hominizado negar razão à síntese se não pela desconstrução da antítese (o que apud Baudelaire, o lega um sentimento de “quase burro” - dada futilidade do estado da arte da tese das coisas lineares). Não é passível ao intelecto hiper-dialético do homem regenerar a degenerescência funcional senão revisitando a gnose filosófica da teoria do valor hermético...
É que, na infraestrutura do intelecto, somos voláteis, aprimoramos e reciclamos, mudamos nossa forma de pensar através dos sentidos dos olhos, do tato, do olfato, do paladar... Mas na superestrutura, somos tão rígidos quanto o primeiro som, que não provocamos, que não conhecemos, mas que está em nós como um atávico impulso. Atávico, porque veio de gerações anteriores à atual; “impulso”, porque parte da geração atual em direção às futuras.
Assim, somente pela demonstração analítica da Equação Geral da Estrutura Econômica, lançar-se-á luzes sob o “pensamento médio” (a maioria, inclusive e especialmente os intelectuais e economistas da ortodoxia marginalista) para dar azo à Teoria Geral da Estrutura Econômica.
Neste Tomo II da MEHBI (Metodologia Econômica dos Homens e Bens Indistintos), dar-se-á continuidade ao estudo e aprofundamento da ‘pesquisa básica’, buscando responder: até que ponto a análise matemática ou a utilização do instrumental analítico da matemática é passível à descrição da análise econômica real?
A resiliência elementar da discussão da passividade entre a Matemática e a Economia está na necessidade da compreensão do grau de variação concomitante, mútua e tempestivamente de mais de duas variáveis interdependentes. Se para a matemática analítica, tanto as derivadas ordinárias e também as derivadas parciais solucionam-se, conforme os interesses específicos, das associações representadas; Para a Economia, a variação simultânea e a mutualidade tempestiva de relações interdependentes ensejam o desenvolvimento concomitante de necessidade geral.
Tendo-se por óbvio que nem todas as associações em economia encerram interesse geral – uma vez que a competição se dá entre interesses e necessidades. Tem-se também por óbvio que muitos estudos em economia, ou a maioria deles, são passíveis à análise matemática via Cálculo Numérico Integral e Derivado: integral indefinida e definida, derivadas ordinárias, derivadas parciais, equações diferenciais e particularmente, equações diferencias exatas e/ou soluções numéricas finitas, via, especialmente, equações a diferenças.
Somos relutantes em afirmar que o desenvolvimento marginalista (da escola de pensamento econômico conhecida como “Marginalismo”), não se resume em sustentabilidade quanto ao devir das variáveis contínuas nem à aplicação analítica do Cálculo Derivado Parcial, porque mesmo que considerarmos um dos fatores “constante”, o fator constante continuará a produzir efeitos proporcionais à curva de produção em conceito agregado (x = A.K.N1-), no mundo real: se Y= A.KN1- e Y’= (A.KN1-)’ = (A.KN’+ N1- ( A.K)’)+(A N1- K’+ K ( AN1-)’)+ (KN1- A’+A( KN1-)’); enquanto a derivada parcial (∂y / ∂K ou ∂y / ∂N) com K ou N sendo admitido como uma constante a priori, a taxa de variação da constante é por definição analítica sempre igual a zero - veja no final deste parágrafo as implicações desta consideração, com base em dados empíricos das participações de capital (K), trabalho (N) e tecnologia (A) obtida pelo “método residual”, bem como taxa de crescimento econômico, consolidada para os anos de 1987, 1997 e 2007-. Aqui cabe o entendimento entre a linguagem analítica (a matemática) e a linguagem econômica (“teoria econômica” em termos da Metodologia Econômica): a primeira, a matemática, informa a técnica para o cálculo das derivadas parciais com duas ou mais variáveis: “considera-se uma das variáveis tal como é, uma variável estrita e, considera-se as demais variáveis como constantes” - repetindo-se o processo para todas as demais variáveis; a segunda, a Metodologia Econômica, exigirá a definição dos fins que se pretende evidenciar: se os fins da “teoria econômica” é para atender interesses específicos e suas variáveis discretas (a produção de uma indústria específica, a produção de um setor específico, etc...), a linguagem matemática, com poucos recursos padronizáveis entre grandezas, poderá atender algumas das necessidades. Porém, se a “teoria econômica” pretende evidenciar os fins de Bem Estar da Coletividade, os fins sociais da produção de todas as indústrias de determinado setor, região ou país, etc...e suas variáveis contínuas, a linguagem analítica de matemática estrita, não poderá considerar o “bem estar parcial derivável, enquanto outra “parcialidade” do mesmo “bem estar” como constante”, porque os fins econômicos de Bem Estar das coletividades é (são) interdependente(s). Implicando, para os dados consolidados de 2007, em: a) “A”variável estrita e, b) “A” constante residual:
a)=7,83 = (A.KaN’+N1-a(A.Ka)’)+(A.N1-a.K’+Ka(AN1-a)’)+(Ka.N1-a.A’+A(Ka.N1-a)’), onde: “A”, “K” e “N” são variáveis e “1”, “a” , “1-a” são seus expoentes, respectivamente, aplicando-os às fórmulas da planilha excel:
(0,533*(0,5799*4,32^0,467)*(1,9^-0,467)) +
(1,9^0,533)*(0,5799*(0,467*4,32^-0,533)+(4,32^0,467))+
(0,5799*1,9^0,533)*(0,467*4,32^-0,533)+(4,32^0,467)*((0,5799)*(0,533*1,9^-0,467)+
(1,9^0,533))+(4,32^0,467)*(1,9^0,533)*(1)+
(0,5799*((4,32^0,467)*(0,533*1,9^-0,467)+(1,9^0,533)*(0,467*4,32^-0,533)))
=
7,825038667;
|
b)=1,89 = (A.KaN’+N1-a(A.Ka)’)+(AN1-aK’+Ka(AN1-a)’)+(KaN1-aA’+A(KaN1-a)’), onde, “A” é a constante residual, “K” e “N” são variáveis e “1”, “a”, “1-a” são seus expoentes, respectivamente, aplicando-os às fórmulas da planilha excel:
(0,533*(0,5799*4,32^0,467)*(1,9^-0,467)) +
(1,9^0,533)*(0,5799*(0,467*4,32^-0,533))+(0,5799*1,9^0,533)*(0,467*4,32^-0,533)+ (4,32^0,467)*((0,5799)*(0,533*1,9^-0,467) +
(0,5799*((4,32^0,467)*(0,533*1,9^-0,467)+(1,9^0,533)*(0,467*4,32^-0,533))))
=
1,885190391
|
A que se atribuiria essa diferença de 5.939849 em dados consolidados, se não à própria sistemática da extensão das derivadas comuns às parciais, aplicadas a fins econômicos de bem estar social interdependentes por definição ?
A relutância, descrita acima, tem fulcro principal entre os interesses e necessidades da economia estocástica do país e as necessidades e interesses da economia do resto do mundo.
Tomando, por exemplo, a função que define o Produto Interno: Y = (Ϋ.Ξ)Δy, percebe-se que os “métodos” fornecidos pela “teoria matemática”, para a função de produção agregada do Produto Nacional não previnem as ‘associações estocásticas’ do escólio da ciência econômica: o Algébrico (Y = Ϋ + yΫ), comumente utilizado, ignora a série histórica centenária do crescimento econômico; o Semilogarítmico(1/Y=LogΫΞy), relaciona uma fração da produção consolidada, com o valor absoluto da produção consolidando; e, o método Logarítmico (LogY = LogΫΞn), que, apesar de alcançar a proporcionalidade fracionária em ambos membros da função, deixa escapar ao segundo membro, a visualização das acumulações instantâneas – anseio de planejadores. Partimos dessas bases analíticas teóricas da matemática para a economia, ajustando a base teórica definidora da Função de Produção Agregada: F(y)=(Y+y)n, isto é, a Função Primitiva F(y) =Yn=Ϋ(n-1) + yΫ(n+1) que implica em : Y=f(x), que implica em : f(x) = F(Yn), onde Yn é o período remoto de referência da gnose filosófica possível do valor do produto acumulado. (Introduzimos esta discussão às páginas 10 e 11 do Tomo I da MEHBI, no texto “Demandas de "Pesquisa&Desenvolvimento" em Equilíbrio Competitivo Não Cooperativo”, publicado em separado no site www.amazon.com), contrasta a importância não somente do método técnico (o cálculo diferencial), como também a demanda em p&d da própria função.
Objetivamos no Tomo I, delimitar a principal demanda de pesquisa da teoria geral em equilíbrio não cooperativo: subir a escala algébrica da produção agregada da economia, em que produção agregada e o nível de produtividade dos fatores, estão sujeitos, concomitantemente, aos movimentos do trabalho humano, para conhecer o estado da arte, instantaneamente, onde a mesma produção agregada (Y) está a sofrer impacto das inversões dinâmicas das contribuições dos fatores de capital e trabalho e do desenvolvimento do progresso técnico, representadas na taxa de variação do crescimento econômico ∆[(Kα N 1-α)A]=∆y e, o “Produto Agregado Resultando” ainda está realizando as inversões primárias e secundárias dos insumos. Subindo, pois a escala, tornou-se possível relacionar o logarítmo de Y com a taxa variável de crescimento econômico “y”, instantaneamente: Y = Ϋ + yΫ será representada na função ‘linear afim’ Y = Ϋ (1+y) para a ‘função exponencial’ instantânea: Y=(ΫΞ)Δy, onde Δy = y e, Ξ fornece a inclinação média das inversões já maturadas.
Do ponto de vista da matemática, aplicada à Economia – falsamente, chamada de “matemática econômica” – somos taxativos em afirmar que toda a interpretação marginalista neoliberal mal passa de uma grosseira e tosca análise matemática heterodoxa, no sentido axial do significado de “heterodoxia” que, do lado da matemática, desconhecem o Paradoxo de Godel e, do lado da Economia, ignoram a metodologia das ciências humanas para fazerem ilações transpostas do “transplante metodológico” das ciências exatas.
No tomo I, trabalhamos com a hipótese de que os dados em vez da teoria poderiam estar errados. Em capítulos deste Tomo II, vamos trabalhar com a controvérsia recorrente entre os economistas ortodoxos e os economistas heterodoxos, a saber: de que a teoria pode estar errada.
Paul Romer, atual (2017) Presidente do Banco Mundial, J. Stiglitz, Nóbel de Economia 2001, Jonh Coachrane, Professor e economista da Escola de Chicago, autor de um trabalho acadêmico de 2016 (2011), reintroduziram, a partir de 2016, um debate que punha em cheque a teoria monetarista. Eles não são o que se poderia classificar de heterodoxos, mas a partir de suas análises das “políticas ex nunc” adotadas pelos países industrializados após 2008, ficariam bem distantes do mainstream do comportamento padrão...
Todavia, o ponto objeto desse acerto de contas com a Matemática Superior é o próprio método técnico e, por esse motivo discutiremos ele especificamente a partir do aprofundamento das derivadas parciais. Vamos discuti-las na perspectiva de todas as direções possíveis a partir de um único ponto projetado sob uma superfície, vis a vis.
Para o adequado estudo das Equações Diferenciais (quer exatas, quer não exatas) e, soluções numéricas aproximadas, via técnica das diferenças finitas paramétricas, que conduzem às comparativas entre as diferenciais e às diferenças, é mister “acertar as contas com a Matemática Superior para além das “noções” de matemática elementar –Antes, vamos definir as diferenciais exatas, a equação diferencial, a equação diferencial exata, tanto para variáveis separáveis, quanto para uma função f(x) qualquer, em que x é a variável independente. Trataremos das séries de Taylor, dos teorema e formas de Lagrange, Maclaurim; Convergência e não convergência de funções e funções de várias variáveis.
Indagar-se-á: a “Pesquisa&Desenvolvimento” em Ciência Econômica teria ‘abandonado’ o esforço intelectual não só de Sraffa, Robinson e Kalecki (pós-keynesianos), aspirações iniciadas por Smith, Ricardo e Marx, quanto à gnose da teoria do valor ?
Tomando como exemplificação paradigmática o ano de 2008, quando haveria estourado a bolha financeira mobiliária dos ‘títulos podres’ (sem lastro real) da maior economia mundial (EUA), provocando um enrosco na economia mundo afora, somado à crise na ‘zona do euro’- dos 17 países europeus que criaram uma moeda única- e, o estupendo crescimento de países como a China, Índia e Coréia. Para o Brasil, utilizando o fundamento da identidade macroeconômica, Poupança=Investimento e os coeficientes técnicos da relação capital/produto potencial (Aumara Feu, 2000) e depreciação (De Carvalho, 1995) e “taxa de crescimento econômico” consolidado. Exemplificamos que a ‘taxa de poupança agregada da economia em 2008 fora teleológicamente 4,5% porque os coeficientes técnicos utilizados são, ortodoxamente, utilizados para o setor não-financeiro.
Relatório do Banco Central (divulgado em 25/10/2017) apontara que mais de 72% do total de ativos no Brasil, são detidos por apenas 4(quatro) intermediários bancários privados. Isso quer dizer que, ainda que a Taxa Selic que remunera os serviços especiais de liquidação e custódia caia a patamar igual à taxa de inflação (Selic em 7,5% e a inflação em 5%), os juros bancários, continuarão a ser determinados pelo “cartel financeiro privado” (hoje os juros bancários estão em mais de 400%aa). Previsões para a reunião (fins de dezembro de 2017) do “conselho de política monetária” (COPOM), davam conta que a SELIC e a TJLP (taxa de juros de longo termo) se igualariam: uma SELIC mais baixa reduz os custos do Governo, mas os intermediários bancários financeiros continuam com um “spreed” bancário elevadíssimo e aumentando: é preciso diminuir os custos das empresas e das famílias que são apropriados pelos bancos sem nenhuma contrapartida de trabalho social equivalente. De fato, a “ata do copom” de fevereiro de 2018, constatara que a trajetória de queda da SELIC (em queda pelo 14º mês consecutivo) chegara próxima a uma inflexão - ao seu ponto de mínimo - com a redução para 6,75% ao ano, acompanhando a taxa de inflação de 4,5%, mas os juros bancários (cartão de crédito e cheque especial) permaneciam, em média, em 12,9% ao mês... Em abril de 2018 a SELIC estava em 6,5% ao ano, mas os juros bancários, cobrados das famílias e empresas, estavam em média em mais de 321% ao ano. Por que isto acontece Porque não há uma ação de ofício dos guardiões financeiro-orçamentários (Banco Central, Ministério da Fazenda, Comissão de Valores Mobiliários, além do CADE e dos Tribunais de Contas) visando a fiscalização, disciplinação e a competividade entre a concentração bancária de mais de 72% dos depósitos bancários em apenas quatro bancos e, mais de 78% dos créditos disponíveis nos mesmos quatro bancos privados que alegam que o “spreed” é alto (321% aa) oPresidente da Febraban – 55,7% dos juros altos no Brasil são causados pela inadilplência” Fonte: Jornal do Brasil. No 127, ano 60, de 25.04.2018). Falta uma tomada de decisão dos guardiões financeiros-orçamentários e um pacto entre os Poderes da República (incluso o Ministério Público), os institutos de pesquisa e a sociedade civil organizada, para por termo à patronagem da plutocracia brasileira. A taxa básica fora reduzida até 6,5%, porém, a partir do segundo semestre de 2018, uma brutal desvalorização mundial, provocada pela moeda âncora cambial, apresentava-se como ponta de seu possível agravamento: a moeda norte americana fora cotada a R$4,00 (um dólar igual a quatro reais) e o Presidente da autoridade monetária, Ilan Goldfajn, prometia disponibilizar um “seguro” de U$20 milhões de dólares para “acalmar” o mercado especulativo
“A aparente funcionalidade, normalidade, da política de subvenção social, quando o Governo tributa a sociedade e subvenciona as empresas produtoras de gêneros alimentícios ou compensa as classes sociais desfavorecidas (classe trabalhadora: parte da população economicamente ativa empregada, cuja remuneração do trabalho é menos que suficiente para manter sua reprodução em bens-salários, tais como alimentação, vestuário, transporte, saúde e higiene, educação, qualificação, treinamento dos recursos e habilidades humanas, lazer e cultura; os mais de 11,8 milhões desempregados, conforme o IBGE, em 01/02/2018 e, subindo para mais de 12,9 milhões em abril de 2018; subempregados não dimensionados na população economicamente ativa; proletários do lumpesinato: mascates, ‘biscateiros’ e demais miseráveis que não dispõem do mínimo social para ter uma vida humana.), escamoteia uma dupla contradição: se por um lado, a política tributária, não distingue os “direitos de herança” e as grandes fortunas, por outro lado, esta mesma política tributária do Estado, do Governo da Administração Pública, faz incidir as mesmas alíquotas tributárias sobre os bens-salários, sobre os bens de consumo, igualitariamente sobre todas as classes. O mesmo raciocínio pragmático se aplica ao fomento e às subvenções econômicas, aparentemente, destinadas a diminuir o fosso entre as grandes indústrias de material leve (como dos EUA), as grandes indústrias de material pesado (como do Brasil) e as pequenas, médias e emergentes, bem como as destinadas à manutenção às indústrias, ao comércio, à agricultura e à pecuária.” (Fonte: NUNES, N.B., “Sindicato dos Tipógrafos Amadores”. 2017. Formato Digital in www.amazon.com.br ).
Só para se ter uma ideia entre as distâncias entre as economias que investem em cadeias de “complexidade econômica”(Paulo Gala) – e portanto em trabalho complexo, prioritariamente e estrategicamente – e as economias que não dão tratamento prioritário e estratégico à pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica – e portanto não qualificam o trabalho simples – em 2018 uma Reforma Tributária do Governo Trump dos EUA, prevera injetar U$1,5 trilhão de dólares na economia estadunidense. Além do mais, com a mudança do comando do Federal Reserve (BC dos EUA), graças à recuperação da economia mundial e do nível de “pleno emprego” nos EUA, havia uma tendência de desmonte da política monetária expansionista de QE (quantitative easing). No Brasil, conforme dados do Programa “Inova Mineral”, pesquisa, desenvolvimento e inovação em mineração (aproveitamento e reaproveitamento de rejeitos; minerais estratégicos, fosfato e potássio, cobalto, lítio, silício, titânio; máquina e equipamentos), receberão fomento via BNDES de R$1,4 bilhão, em projetos já selecionados em 2018.
Com isto, concluiremos que falta trazer à pauta de 2019, um Projeto de Incorporação à Renda e ao Crédito Bancário, um projeto que garanta a autopropulsão econômica, que promova o desenvolvimento econômico sustentado, as reformas sanitária, agrária, urbana, universitária, tributária, política (por exemplo, impondo um teto de gastos para as campanhas eleitorais, uma política de coligação que não desvirtue o votopartidário do eleitor), reformas do sistema financeiro e fiscal. Uma melhor explicitação do “status ocupacional” da População Economicamente Ativa, que inclua o “subemprego potencial visível” (chuptado e mimetizado pela PNAD contínua, desde 2012); Falta um pacto nacional com a sociedade civil pela segurança pública, um aprofundamento da política e discriminalização das drogas e democratização das telecomunicações e da internet, assim como a prossecução às iniciativas contra a intolerância religiosa, aos preconceitos, iniciativas a favor do acesso, sem embaraços tecnológicos ou de classe social ao “judiciário digital” e o empoderamento das Defensorias Públicas, dos “Distritos Sanitários” do SUS, e da mobilidade urbana e defesa do meio ambiente. Falta a garantia da “Participação Política” (conforme Bobbio,N., “Dicionário de Política”. UnB. 1999, Vol Único, página 833), a democratização dos Orçamentos Públicos e a “Pesquisa & Desenvolvimento” da Teoria Geral da Estrutura Econômica e a acoplagem econômica, acesso à renda e ao crédito bancário, com a criticização da Teoria Geral do Equilíbrio e a eficiência econômica entendida como otimilidade de Pareto.
NILSON B. NUNES - Economista